Comecemos a ajuizar: É o início da libertação

O texto do testemunho de Francesco Fadigati e da síntese de Matteo Severgnini na Equipe dos Liceus. La Thuile, 8-10 de setembro de 2023

Não se ouve nada. Pensas que será por causa do vidro que protege a varanda que dá para o salão do Hotel Planibel de La Thuile, mas não. Mesmo mudando de lugar, não muda nada. Mais de seiscentos jovens do ensino secundário (acompanhados por alguns adultos ou professores) preenchem as filas de cadeiras sem fazer o mínimo barulho, prontos para o começo da Equipe dos Liceus. Normalmente, há uma música para acompanhar a entrada. Um Beethoven, um Chopin… Desta vez não. Foram os últimos momentos de férias, e para todos, em poucos dias, recomeçarão as aulas. E como aqui veio gente de toda a Itália (e não só) que havia semanas ou meses não se via, quantas coisas não deviam ter para contar uns aos outros. Mas nada. Todos em silêncio. Aliás, todos à espera. Afinal, não podemos acostumar-nos ao facto de haver música à entrada, pois não é um acessório estético, para que possamos também desfrutar dela, como foi explicado pouco antes das notas da Incompleta de Schubert encherem o salão. Agora estas notas têm um sabor diferente, um som interessante, um rosto amigo...