Gostaria de começar por dizer que as coisas que vos vou dizer hoje são o resultado de um longo trabalho de confronto sobre o tema da nossa presença cultural, conduzido ao longo dos últimos meses juntamente com aqueles que partilham comigo a responsabilidade pelo movimento. Como já dissemos várias vezes nestes últimos anos, a autoridade oferece um juízo que é expressão de uma comunhão. Neste juízo está incluído o contributo da minha experiência pessoal, vivida durante tantos anos nos lugares de responsabilidade do movimento, primeiro com don Giussani, depois com o padre Carrón, e agora no papel que me foi confiado na nossa companhia.

Tempos de recapitulação, discernimento, renovação e revitalização missionária

Gostaria de partir destas palavras pronunciadas pelo Papa Francisco na Audiência concedida a CL no dia 15 de outubro de 2022: «Não faltaram problemas graves, divisões e certamente também um empobrecimento na presença de um movimento eclesial tão importante como Comunhão e Libertação, do qual a Igreja, e eu mesmo, esperamos mais, muito mais. Os tempos de crise são tempos de recapitulação da vossa extraordinária história de caridade, cultura e missão; são tempos de discernimento crítico do que limitou as potencialidades fecundas do carisma de don Giussani; são tempos de renovação e relançamento missionário, à luz do atual momento eclesial, bem como das necessidades, sofrimentos e esperanças da humanidade contemporânea...