Apesar da resistência e logo desde o início, tentei fazer com que a frase que era o mote das nossas férias em comunidade “Viver intensamente o real’’ me fizesse algum sentido.

É uma frase poderosa, que eu quero sempre passar à prática na minha vida cada vez que a ouço, mas em relação à qual sou céptica por achar que nós humanos, nunca lá chegaremos.

Mesmo que eu ache que não seja possível para já e em toda a sua plenitude, esta frase tem de certeza algo com que eu me identifico, e se outra coisa não fizer no curto prazo, ao ouvir falar dela, ela pertence-me, ou seja, tendencialmente quero esmiuçá-la, ver se ela pode ser encaixada na minha vida, e como. E esta decisão tornou-se ainda mais evidente precisamente naquela semana, isto é, se estou com estes, vou viver cada momento com tudo o que tem dentro, quer eu goste ou não, quer seja fácil ou difícil, quer esteja fresco, quer estejam 39 graus.
E de facto, viver uma semana em comunidade, num ambiente mais restrito, com um leque de idades tão diversificado, com gostos e preferências tão diferentes, fez-me sentir como que numa família, onde estive mais próxima daqueles com quem eu gostaria de estar mais vezes, e não estou!

Esta frase continuou a acompanhar-me nos dias seguintes e lembrando-me dela, mesmo sabendo que o quanto é difícil levá-la à prática no dia a dia, ajudou-me a recordar que cada momento é para ser verdadeiramente vivido.
Isto é fácil? Não é, mas posso sempre recomeçar em cada dia lembrando-me disto. É preciso é começar e não parar no caminho!
Cristina, Lisboa