Quando saí de Portugal, o corona “medo” era apenas um vírus que estava lá longe, distante e que apenas afetava a China e a Itália e agora reparo que em apenas 4 dias uteis, o corona “medo” se tornou num corona “vírus” com uma centena de infetados em Portugal.

Por causa disso e da rápida reação assumida, o Colégio onde estudam os meus filhos fechou e a minha família entrou em quarentena preventiva devido à proximidade indireta com alguns infetados.

Ao assistir à distância a esta situação sinto uma mistura de sentimentos e que passam de um susto/preocupação devidos à velocidade da propagação do vírus acrescido do facto de estar longe de casa e uma total confiança/ serenidade perante a resposta que a nossa Companhia nos está a dar através de mensagens privadas, textos no site, missas virtuais, orações coletivas, as EdC 2.0., etc, etc.

Estou e penso que estamos todos em “vertiginoso estado suspenso,” mas “nada nos impede de prosseguir o nosso caminho para continuarmos a aumentar a certeza, a «esperança fundamentada» de que precisamos absolutamente para viver estas circunstâncias.” (in 2ª carta do P. J. Carron).

Como resposta à pergunta: “O que é que nos arranca do nada?” – começaria por dizer que o primeiro sinal de que fui “arrancado do nada" é a ausência de medo “porque o inimigo contra quem estamos combatendo não é apenas o corona vírus mas o medo.” (in 1ª carta do Pe. J. Carron).

Assim nestas circunstâncias especiais este é o desafio que sinto para mim e para cada um de nós, combater esse medo através do reconhecimento de Cristo e dar o nosso “sim” a Ele, em todos os momentos.

Na próxima semana estarei em Maputo e levo na mala um pedido especial da Comunidade local, ser fiel transportador dos livros da EdC deste ano. Perante todas estas circunstâncias especiais penso que esta entrega será uma ajuda valiosa para aumentar a Certeza que sustenta a nossa vida e o Caminho a fazer para chegarmos a esta Certeza afetiva.

Pedro, Lisboa