A CARITATIVA E A TERRA SANTA

Sou insuportável por causa da minha felicidade

Caro Julián, nestes meses o relacionamento com uma colega que se diz ateia e que diz que sou insuportável por causa da minha felicidade, tornou-se cada vez mais livre. Em novembro, falei com ela sobre os cabazes básicos que levamos a algumas famílias necessitadas. Ficou muito interessada e perguntei-lhe se ela gostaria de vir conosco. Respondeu que sim. No fim do dia, os meus amigos perguntaram-lhe: “Vemo-nos outra vez?”. Ela respondeu: “Sim, venho da próxima vez”. Depois das férias de Natal, no escritório, ela disse-me: “Sábado vamos levar os cabazes? Desmarquei todos os meus compromissos”. Fomos e, depois de estar com uma mãe separada e com quatro filhos, disse-me: “Que belo sorriso que ela tem, no trabalho temos tudo, mas nunca vemos um sorriso assim. Quero passar mais tempo contigo e com os teus amigos, porque quando estou aqui já não me quero ir embora, enquanto até há uma hora atrás chorava de tristeza. Aqui há uma positividade diferente”. Quando lhe disse que tinham me convidado para uma peregrinação à Terra Santa, ficou muito irritada e eu não percebi porquê. Ela disse-me: “Se te acontecer alguma coisa, o que é que eu vou fazer? Vou precisar de procurar outra pessoa na Igreja que viva como tu”.
Stefania