"Venham ver!"

Há dias vimos na Basílica da Estrela o vídeo “A estrada bela”, realizado a propósito dos 60 anos do Movimento Comunhão e Libertação.

Somos um grupo de amigos que já há alguns anos se reúne semanalmente na Basílica da Estrela para fazer Escola de Comunidade. Quase todos tínhamos visto o vídeo no seu lançamento em Portugal e outras vezes depois disto. Mas havia alguns amigos que não tinham tido possibilidade de o ver e pensámos em voltar a vê-lo juntos, com eles. Foi nessa altura que surgiu a ideia – e se em vez de o vermos com os nossos amigos convidássemos toda a paróquia para o verem connosco? Este ponto de partida veio a fazer toda a diferença…
E fomos de espanto em espanto: da abertura e disponibilidade do Senhor Prior, que não se limitou a anuir, mas nos provocou, colocando-nos em relação com o trabalho de preparação do Sínodo de Lisboa, à possibilidade inesperada de, antes e depois, estar no átrio da Basílica a exposição sobre Don Giussani; da ajuda telefónica do Pedro, ao trabalho do Bernardo e à disponibilidade alegre das pessoas da Basílica na montagem da exposição; do entusiasmo do Zé que assegurou um sistema de som e imagem de grande qualidade e fez questão que ouvíssemos “La strada” até ao fim, ao Pedro que, certeiramente, nos colocou perante o desafio do que íamos ver; dos amigos que deram o tempo que não tinham, aos que em malabarismos de disponibilidade quiseram estar presentes; das pessoas e comunidades da Paróquia que se deixaram provocar e fizeram e fazem perguntas, ao Senhor Prior que no final conversou longamente sobre o vídeo, a incidência do Movimento, Don Giussani e o Padre Carrón e nos desafiou a fazermos propostas; das relações com pessoas da Paróquia que se tornaram um pouco mais próximas, ao pedido do Padre Daniel para levar o vídeo para a sua diocese em Moçambique…
Nos dias seguintes fui-me perguntando o que é que tinha acontecido e vi que apenas tinha seguido. Na verdade, na Escola de Comunidade nós não quisemos mostrar o vídeo, nós quisemos ver o vídeo, voltar a mergulhar naquelas vidas, nas nossas vidas, mudadas pelo encontro com Cristo na Igreja, e dissemos a outros “venham ver!”. E o nosso coração e o coração daqueles que vieram moveu-se por e para Ele. É mesmo muito bom sermos servos inúteis, cumprindo aquilo a que somos chamados!
Paula, Lisboa