A Quaresma e a resposta de Cristo à vida quotidiana

Comecei a Quaresma, como sempre, com um misto de medo e expectativa sobre aquilo que o Senhor me ia dar a viver neste tempo de conversão.

Como já deveria saber, não é preciso fazer uma teoria sobre isso, basta apenas viver as circunstâncias e o real. Na verdade, estas últimas duas semanas têm sido vividas no limite físico e psicológico, já que tenho saído do trabalho entre as 20,30h e as 23h, tenho estado sozinha com os meus filhos, já que o meu marido estava em formação fora de Portugal; enfim, um quotidiano normal mas que me empurrava para próximo do abismo. Para terminar a semana ainda tive a experiência de uma colaboradora que, durante meia hora, reclamou de uma decisão minha que a desagradou, perante o nosso presidente, alegando um conjunto de barbaridades que lhe pareciam justas! Diante disto, procurei que estas circunstâncias que me estavam a ser Dadas não ficassem pela constatação óbvia do meu limite, mas que fossem uma verdadeira oportunidade para a minha conversão. Com esta consciência, rezei muito mais do que habitualmente, sempre que pude fui à missa e procurei ser dócil e humilde com os que me rodeiam. Ao ler o Evangelho de ontem sorri, pois não podia vir mais a propósito no meu dia: “Reconcilia-te com o teu adversário”! Fazendo este caminho, a circunstância não muda, mas o Sentido da Vida transborda e impõe-se e permite-me reconhecê-Lo com imensa clareza, não me deixando ficar parada no saber já adquirido. ELE Re-Acontece hoje! Com imensa Gratidão pela nossa Companhia,
Isabel, Lisboa