Umas semanas antes os meus cunhados pedem ao meu marido Davide para ser padrinho. Antes do Baptizado há um almoço com um amigo de família, o padre Alberto, missionário, a quem os meus cunhados pediram para baptizar a Margherita, e convidam-nos. Conhecemos este homem, um almoço rápido, daqueles da Romanha, à mesa numa tasca, passatelli, vinho tinto, famílias e crianças todas juntas a rir e a falar da vida. O padre Alberto, é assim que o conhecemos, está sentado à cabeceira, entre o pó de talco para limpar as nódoas de molho na camisa e as perguntas sobre quem somos, o que fazemos e sobre o Destino da Margherita. E não só. Vê-se logo que é um homem verdadeiro, daqueles que sabem de Quem são e por que vivem, fala-nos do Paraguay, da vida da Igreja e desafia-nos imediatamente para o encargo de ser padrinho e madrinha desta menina: «São chamados a dar testemunho da fé em Jesus com a vossa vida e não com sermões, para que, olhando para vocês e para os pais, a Margherita possa ganhar consciência do grande dom que hoje recebe no Baptismo». O almoço está a terminar, a baptizanda tem de se ir preparar, mas dá tempo para uma passagem que permanece no meu coração e no do meu marido. O padre Alberto interpela-nos sobre a morte, sobre os que o Senhor chama ainda jovens, crianças e não só. E a sua resposta é misteriosa, mas correspondente. «O Senhor chama quem está preparado, quem nesta terra fez tudo aquilo que deve fazer, ou seja, quem se converteu e está pronto para o Paraíso». Daí a pouco celebra o Baptismo da Margherita, introduzindo-a na grande mãe Igreja e confia-a a Nossa Senhora. Dois dias depois o Senhor chama o padre Alberto. Não é preciso muito para perceber Quem o Senhor escolhe para Se dar a conhecer, basta um instante para sermos, para sempre, Seus.
Chiara, Rimini