Queremos introduzir o novo trabalho de Escola de Comunidade sobre Na origem da pretensão cristã. É oportuno, por isso, partindo deste nosso encontro, darmo-nos as razões deste trabalho, porque nunca devemos dar por adquirido aquilo que fazemos, ou por que devemos fazê-lo. É preciso, por isso, que nos ajudemos também a perceber o que é que o novo texto tem a ver com o caminho que estamos a fazer. Por isso queria começar ligando-o a todo o trabalho que fizemos até aqui, a partir da Jornada de Início de Ano. Naquela circunstância, partimos daquilo que nos disse o Papa Leão XIV: «Cristo […] atrai-nos para Si, e por isso une-nos também entre nós». Nós estamos aqui, hoje, precisamente por causa disso: porque reconhecemos aquela atração como a coisa mais verdadeira que já nos aconteceu. O objetivo da Escola de Comunidade é, então, proteger e fazer crescer a comunidade como forma expressiva da comunhão que a gera, ou seja, o lugar onde Cristo nos alcançou e nos chama para si.

Em cada um de nós há a mesma espera que Giussani descreve em O encontro que acende a esperança, quando fala da água que reflete o céu: a nostalgia de uma vida maior, o desejo de nos tornarmos homens e mulheres realizados. E quando isto não acontece – sabemo-lo bem – tornamo-nos inquietos, impacientes, aborrecidos: há momentos na vida em que tudo parece parar, como a água estagnada de um pântano. A comunidade é o lugar onde a água volta a correr, onde o cristianismo se torna um facto vivido conscientemente, gerando assim um sujeito novo. Na Escola de Comunidade, a nossa humanidade é olhada, acolhida, provocada e acompanhada; aqui, Cristo repete-nos: «Vem comigo» e transforma a nossa forma de olhar o mundo, de ajuizar, de agir. Cristo «novo princípio de conhecimento e de ação», como dissemos na Jornada de Início de Ano...

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