Coronavirus. Indulgência plenária e possíveis absolvições coletivas

A Penitenciaria Apostólica comunica que devido à emergência sanitária, é possível, conceder em certas condições, indulgência plenária a doentes e a profissionais de saúde. Em caso limite, os sacerdotes poderão conceder a Reconciliação a grupos de doentes

Devido à emergência sanitária Igreja oferece a possibilidade aos doentes, profissionais de saúde, aos familiares e a quem cuida dos doentes, também com a oração de obter a indulgência plenária.

Estabeleceu-o um decreto extraordinário publicado no dia 19 de março pela Penitenciaria Apostólica vaticana, assinado pelo cardeal Penitenciário-Mor Mauro Piacenza e pelo regente, monsenhor Krzysztof Nykiel.

Uma nota, que acompanha o decreto, estabelece que “pela gravidade das circunstâncias atuais” e “sobretudo nos lugares mais atingidos pelo contágio pandémico e enquanto o fenómeno não desaparecer", se oferece a possibilidade de conceder a "absolvição simultânea" isto é, a vários penitentes juntos, "sem confissão individual prévia".

Para obter a indulgência plenária, explica o Decreto, os doentes com coronavírus, os que estão submetidos a regime de quarentena e os profissionais de saúde e familiares que se expõem ao risco de contágio para ajudar os afetados pelo Covid-19, podem simplesmente recitar o Credo, o Pai nosso e uma oração a Nossa Senhora. Para os outros, no entanto, podem escolher entre várias possibilidades: visitar o Santíssimo Sacramento, adoração eucarística ou ler a Sagrada Escritura pelo menos durante meia hora, ou recitar o Santo Rosário, ou participar na Via Sacra ou rezar o Terço da Divina Misericórdia, " para implorar da parte de Deus Omnipotente a cessação da epidemia, o conforto para aqueles que ela aflige e a salvação eterna daqueles que o Senhor chamou a Si”.

Explica a Penitenciária: “O momento presente em que está imersa toda a humanidade, ameaçada por uma doença invisível e insidiosa, que já há algum tempo, com prepotência, começou a fazer parte da vida de cada um de nós, é marcado, dia após dia, por medos angustiantes, novas incertezas e, sobretudo, por um extenso sofrimento físico e moral. E conclui “Neste tempo mais do que nunca, a Igreja experimenta a força da comunhão dos santos, eleva ao seu Senhor, Crucificado e Ressuscitado, votos e oração, de modo particular o Sacrifício da Santa Missa, celebrado quotidianamente pelos sacerdotes, mesmo sem povo” e “como boa mãe, a Igreja implora ao Senhor que a humanidade seja libertada de um tal flagelo, invocando a intercessão da Bem-aventurada Virgem Maria, Mãe de Misericórdia e Saúde dos Enfermos, e do seu Esposo São José, sob cujo patrocínio a Igreja caminha desde sempre no mundo.