Algures na primeira edição do Meeting, nascido “pela fé”, alguém disse que era preciso começar a pensar no ano seguinte, para fazer tudo com tempo. Tinha razão. Só que ainda mal tinha acabado a frase e já outra voz se ouvia, com mais autoridade, para lembrar que o Meeting tinha nascido do entusiasmo da experiência. E que assim deveria continuar, sem decair numa organização ou numa coisa que temos para fazer.

Então, por que motivo continuamos a construir um lugar como o Meeting Lisboa, que este ano abre as portas a 9 e 10 de novembro, no Pavilhão Carlos Lopes, na sétima edição?

No pequeno grupo que organiza esta aventura, fazemos muitas vezes esta pergunta… Vale a pena continuar a fazer o Meeting?

Numa dessas vezes, enquanto esta pergunta latejava no meu coração, lembro-me de reparar no fascínio de quem tinha lido o livro de Marco Bersanelli sobre “a voz do universo” e de quem recordava a emoção e expectativa de cientistas a observar os seus satélites… Eu questionava teoricamente, os meus amigos seguiam o que já estava a acontecer: o Meeting!

Todas as vezes a resposta veio de fora.
Noutra altura, foi simplesmente darmo-nos conta de que alguns amigos, de várias realidades do movimento de CL estavam empenhados a preparar exposições, sobre temas tão variados como o sofrimento, o mal, o rock, o amor, a liberdade. Mais de trinta pessoas viviam naquela “consciência crítica e sistemática da experiência” a que D. Giussani chamou cultura. O Meeting já estava a acontecer!

Para pôr de pé esta aventura, é preciso dinheiro. Damo-nos conta da quantidade de amigos que contribuíram nos últimos anos e que só assim foi possível fazer este evento. Decidimos pedir-lhes ajuda, que sejam “embaixadores” e nos ajudem a chegar a mais benfeitores e parceiros. Fico comovida com o “sim” de tantos que agradecem, dão, oferecem.

O Meeting continua a acontecer mesmo à frente dos meus olhos e este ano vai acontecer de novo porque o Meeting é só isto: a construção de um lugar concreto onde queremos comunicar a beleza da experiência que fazemos.

Quem me dera ouvir de alguém a voz humana é a frase de Álvaro de Campo que dá tema a esta edição. Durante dois dias, desejamos que os nossos amigos e colegas, as nossas famílias, todos os que convidarmos e encontrarmos possam encontrar o “gosto de vida nova” que nos conquistou e que invade a nossa vida. Além das exposições, dos encontros e do convívio, poderão conhecer melhor o Banco Farmacêutico, os Colégios de S. Tomás e de S. José - Ramalhão, as irmãs do novo Mosteiro Trapista em Palaçoulo, bem como a caritativa do Casalinho da Ajuda; haverá ainda encontros para os mais pequenos e até um planetário onde as crianças poderão ver o céu e as estrelas. E muito mais…

Tudo graças às centenas de voluntários oferecem o seu tempo para fazer todo o tipo de tarefas, com alegria e disponibilidade. A verdade é que o Meeting acontece porque é fruto da liberdade de cada um. A liberdade apaixonada pelo acontecimento de Jesus que gera cultura, encontro e diálogo.

É o Meeting Lisboa 2019 e está quase a chegar!