Despertar para o fascínio da realidade

Um pequeno episódio quotidiano de como "O despertar do humano" me ajudou a ficar cheia de entusiasmo para enfrentar a realidade...

Nos tempos que correm tenho alguns dias em que não vou trabalhar, ainda por causa de prevenção do contágio do coronavirus. Num destes dias em que não fui trabalhar estava em casa a lamentar-me do facto, sem “nada para fazer” e num enorme tédio, tinha que ir levar os miúdos ao ténis e nem me apetecia sair, quando me lembrei de recomeçar a ler o livro “O despertar do humano” que tinha deixado a meio.

Mudou completamente a minha perspectiva e fiquei cheia de vontade de sair e enfrentar-me com a realidade. Disse à minha filha pequenina (4 anos) que a ia levar comigo para levar os manos ao ténis e que depois íamos passear.

E ela diz com ar chateado: “mas também não podemos fazer nada por causa do coronavirus...” “Claro que podemos fazer imensas coisas. E que tal se fôssemos fazer investigações e encontrar coisas giras na rua?” - respondi-lhe.

Abriu-se-lhe um sorriso e ficou imediatamente entusiasmada. Na rua não tinha mãos a medir a tanta investigação, perguntava o que eram todas as árvores que via, e eu não sabia (!), até mandamos fotografias à avó (que é engenheira florestal) a perguntar que árvore era aquela.... e o passeio aparentemente aborrecido acabou por ser tão divertido e cheio de descobertas que rapidamente já eram horas de ir buscar os manos ao ténis.

Engraçado como este pequeno passeio foi um ensinamento de como é a minha vida, tantas vezes aquilo que tenho que fazer me parece aborrecido e tenho inércia para me mover. Mas depois há uma companhia guiada, neste caso pelas mãos do Carrón no seu livro, que me desperta para o fascínio da realidade e me torna as circunstâncias cheias de boas descobertas (como as investigações no passeio da minha filha).

Helena, Lisboa