Passos para o Natal

O testemunho de uma amiga ajudada neste advento pelo diálogo de Testori e don Giussani...

Não sei muito bem porquê mas neste Advento, apesar de ir todos os dias à missa, me confessar com regularidade e me colocar numa posição de procura, tenho passado o tempo irritada, como se as coisas que eu sei belas, não bastassem, parece que apenas se destacam as imperfeições, dos outros, das coisas e, claro, de mim! É a igreja, onde vou à missa, que é feia, são os outros que são feios, são os miúdos que são mal-educados e eu, pecadora!

Numa Escola de Comunidade (EdC), fiquei muito impressionada com a comoção de uma de nós pelo artigo da Passos com o diálogo de Testori e don Giussani, e quando ia a caminho da missa de Natal do colégio, resolvi ir ler.

No fim das primeiras 3 linhas, era eu que já não conseguia conter a emoção, tão transparente se tornou o texto para mim. Num instante, uma incontornável consciência de que aqueles mesmos, que nos dias anteriores me irritavam, são agora meus irmãos, todos iguais neste paralelo de sermos filhos e de caminharmos todos para uma esperança que é única!

Impressiona-me porque esta consciência me assaltou, não o digo como palavras, mas como algo que vem das “entranhas” do ser. Foi com este olhar que vivi a missa e onde com alegria pude resolver os habituais stress dos que se põem à frente ou que passam a missa a falar. Com carinho, misericórdia, consciência de ser amado e por isso ser tão natural amar os que me rodeiam, em todas as circunstancias.

E assim, a comoção daquela amiga na EdC ajudou a salvar o meu Natal.
carta assinada