Soubemos esta manhã, com profunda tristeza, da notícia do regresso do Papa Francisco à casa do Pai. O movimento de Comunhão e Libertação une-se com grande afeto às orações e condolências de toda a Igreja, de todo o povo cristão e do mundo inteiro pelo falecimento do Santo Padre.

No silêncio da oração, a nossa dor é acompanhada por uma comovente gratidão pelo incansável testemunho de fé que o Papa Francisco mostrou ao mundo até ao último dia, confirmando-nos que «para nós, o essencial, o mais belo, o mais atraente e, ao mesmo tempo, o mais necessário é a fé em Cristo Jesus» (Discurso ao Plenário do Dicastério para a Doutrina da Fé, 26 de janeiro de 2024). Este é o cerne da sua mensagem: redescobrir o rosto amoroso do Senhor, que sempre nos precede, sempre nos perdoa, sempre nos convida a deixarmo-nos acolher nos seus braços, que são os braços da Igreja. Só isto dá alegria à vida, como o Santo Padre nos indicou repetidamente desde o início do seu pontificado: «A Alegria do Evangelho enche o coração e a vida inteira daqueles que se encontram com Jesus. Quantos se deixam salvar por Ele são libertados do pecado, da tristeza, do vazio interior, do isolamento. Com Jesus Cristo, renasce sem cessar a alegria» (Evangelii Gaudium, 1).

Estamos também gratos pelo reconhecimento do carisma dado ao Servo de Deus don Luigi Giussani, que o Papa Francisco expressou várias vezes, pela sua paternidade e pela grande tarefa que nos confiou: «Convido-vos a acompanhar-me na profecia da paz [...]; Na profecia que indica a presença de Deus nos pobres, em quantos estão abandonados e são vulneráveis, condenados ou marginalizados na construção social; na profecia que anuncia a presença de Deus em cada nação e cultura, indo ao encontro das aspirações de amor e verdade, de justiça e felicidade que pertencem ao coração humano e que palpitam na vida dos povos. Arda no vosso coração esta santa inquietação profética e missionária» (Audiência a CL, 15 de outubro de 2022).

Numa relação pessoal sinceramente afetuosa, o Papa Francisco sempre me demonstrou grande estima e atenção pelo nosso movimento. Continuaremos no caminho que nos indicou, para que o movimento seja sempre fiel ao dom do Espírito para servir a glória de Cristo no mundo que é a Igreja, Seu corpo vivo.

Estamos infinitamente gratos ao Santo Padre pelo serviço que prestou ao Senhor, à Igreja e a toda a humanidade neste período complexo da história.

Convido todas as comunidades de Comunhão e Libertação a juntarem-se em oração para, com toda a Igreja, confiar a alma do Papa Francisco ao infinito amor misericordioso do Senhor.

Que Maria, Mãe da Igreja, vele sobre ele e sobre nós.

Davide Prosperi