Páscoa 2020. O manifesto do CL
A imagem é tirada de "O Evangelho segundo São Mateus" de Pier Paolo Pasolini, tal como os versos que acompanham as palavras de Giussani pronunciadas na Praça de S. Pedro em 1998Falta sempre alguma coisa, há um vazio
em cada meu intuir. E é vulgar
este não estar completo, é vulgar,
nunca fui tão vulgar como nesta ânsia,
neste “não ter Cristo” – um rosto
que seja instrumento de um trabalho
não completamente
perdido no puro intuir em solidão.
Pier Paolo Pasolini
“Que é o homem, para Vos lembrardes dele, o filho do homem para dele cuidardes?” Na minha vida, nunca nenhuma pergunta me impressionou tanto como esta. Só Cristo se interessa totalmente pela minha humanidade. Porque aquele Homem, o hebreu Jesus de Nazaré, morreu por nós e ressuscitou. Aquele Homem ressuscitado é a Realidade da qual depende toda a positividade da existência de cada homem. Cada experiência terrena, vivida no Espírito de Jesus, Ressuscitado da morte, floresce no Eterno. Este florescimento não desabrochará só no fim dos tempos; ele já teve início no crepúsculo da Páscoa. Por isso a existência exprime-se, como ideal último, na mendicância. O verdadeiro protagonista da história é o mendicante: Cristo mendicante do coração do homem, e o coração do homem mendicante de Cristo.
Luigi Giussani
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