Flannery O’Connor, Tudo O Que Sobe Tem de Convergir, Relógio d’Água

Tudo O Que Sobe Tem de Convergir

Flannery O’ConnorRelógio d’Água 2015
Páginas: 248

Alguns comparam-na a James Joyce, outros escreveram que a sua obra ultrapassa a de Dostoevsky, Poe e Kafka.
É certo que Flannery O'Connor, considerada uma das melhores escritoras americanas do início do pós-guerra, continua a ser um obstáculo para a maioria dos críticos, que, embora se tenham esforçado por descobrir as razões da sua escrita - simultaneamente simbólica e realista, regionalista e universal, grotesca e literal -, ficaram, na maior parte das vezes, longe de identificar a sua autêntica poética.
A sua escrita é marcada por uma constante abertura ao Mistério, que surge de forma inesperada e imprevisível para inquietar a existência dos protagonistas das suas histórias, revelando a transitoriedade das certezas em que se funda, e colocando-os perante a eterna escolha humana entre abrir a alma à provocação ou recusar o encontro com a possibilidade dada de revelar o sentido último da vida.