O Senhor do Mundo
Páginas: 386
O Mundo Imaginado por Benson - uma hipérbole a partir dos erros que ele então já enxergava - trilha rumo ao autoritarismo de um governo mundial, onde as liberdades individuais são suprimidas a partir de regras de conduta impostas junto com uma nova moralidade criada através de uma religião global. Certamente, Benson jamais imaginou que seu romance chegaria, no início do século XXI, a se tornar tão realista.
No livro, uma iminente guerra ameaça a paz universal, situação que permite a um jovem desconhecido ganhar popularidade em todo o mundo, e aspirar assenhorear-se dele, sendo cultuado pelo humanismo de uma falsa religião global, onde se exclui e criminaliza toda e qualquer expressão que ainda possa existir de uma espiritualidade verdadeiramente transcendente. É o advento do anticristo, portanto. Mas ainda permanece algo da tradição que construiu o Ocidente: a Igreja Católica, embora em meio a uma crise, apresenta-se como a única resistência frente ao totalitarismo.
Em poucas palavras, trata-se de uma narrativa apocalíptica, contra a qual só nos resta um consolo e uma atitude: a confiança no triunfo definitivo de Deus, tal qual prometido no Livro de São João, e a incolumidade da alma por seu mergulho na Graça do Salvador.