A carta que João Paulo II escreveu a Dom Giussani

Propomos a carta escrita por João Paulo II a padre Giussani em 15 de novembro passado. Ela dá maior luz à verdade e ao método do cristianismo tal como nos foi comunicado pelo carisma, e portanto não é para nós motivo de autocelebração, mas de renovada certeza de que é Deus mesmo que faz tudo com instrumentos que fazem parte dos Limites de todos. São os melhores votos de Natal que podemos dar

Ao Reverendíssimo Sacerdote Monsenhor Luigi Giussani
Presidente da Fraternidade de Comunhão e Libertação

Muito me contentaram os votos calorosos que V. Revma. quis dirigir-me na festa litúrgica de São Carlos Borromeu, meu Patrono celeste. Agradeço-lhe por esta cordial atenção, acompanhada por algumas considerações sobre a Encíclica Fides et ratio.
Este gesto seu chama a minha atenção para o empenho generoso pelo Evangelho e a contribuição qualificada dada por V. Revma. à Igreja mediante a ação missionária da Fraternidade, nascida do seu coração sacerdotal. Os muitos encontros com os Membros deste Sodalício permitiram-me constatar os vínculos estreitos de comunhão que os ligam ao Sucessor de Pedro. Ao mesmo tempo em que o encorajo a prosseguir no seu trabalho apostólico, faço votos de que os esforços cotidianos tanto dos Sócios quanto dos Amigos da Fraternidade sejam constantemente sustentados pela luz de Cristo, acolhida através da límpida transparência do Magistério da Igreja.
À minha gratidão desejo unir a garantia de uma lembrança particular da sua pessoa na oração, para que o Senhor a sustente com a sua graça, concedendo-lhe o dom de saber confiar-se em todos os momentos da vida ao Seu amor providencial, haurindo dessa Fonte inesgotável a força interior para continuar a testemunhar alegria e esperança.
A proteção maternal da Santa Virgem, Saúde dos Enfermos, sustente-o em todas as circunstâncias. De minha parte, dirijo de coração a V. Revma. e a quantos lhe estão próximos uma especial Bênção Apostólica, estendendo-a de bom grado a todos os Membros da Fraternidade.

Do Vaticano, 15 de novembro de 1998
João Paulo II