Caríssimo padre Francesco,

desejo participar na dor da grande família de Russia Cristiana pela morte de padre Scalfi, que pude encontrar uma última vez há poucos dias; fiquei maravilhado pela sua entrega total a vontade do Senhor, aceitando a doença como a circunstância na qual viver a sua vocação. Levarei sempre comigo a letícia que vi no seu rosto, o seu amor ao Movimento e a benção que me deu pela responsabilidade que carrego.

Nunca agradeceremos de modo suficiente pelo seu testemunho de fé que, na companhia de Dom Giussani, colocou diante de todos uma Igreja com dois pulmões, do Atlântico aos Urais, comunicando uma paixão por aquela unidade que Cristo indicou como o sinal supremo da sua presença no mundo.

Agora nós vemos os frutos dos relacionamentos que padre Scalfi abriu quando ninguém se interessava pela Rússia, e que são a herança que nos deixa neste dia de Natal que o Mistério escolheu para acolhê-lo no Seu abraço pleno de misericórdia. Peço a Nossa Senhora que nos ajude a sentir como nossa a tarefa pela qual ele deu a vida e da qual Papa Francisco é o grande protagonista.

Vosso

padre Julián Carrón