Aquela voz rouca que despertava os homens

Franco Bechis

Eu tinha 16 anos, e me desculpem se falo de mim. Mas tinha 16 anos quando ouvi padre Luigi Giussani falar pela primeira vez. Eu não era católico, não havia recebido uma educação cristã. Não estava acostumado a ouvir padres. Quando, por acaso, sei lá por que, era obrigado a ouvi-los, nem escutava o que diziam. Mas não ouvir padre Giussani era impossível. Aquela voz rouca que falava devagar no início e depois explodia de repente. As mãos que gesticulavam e ilustravam no ar o significado das palavras. A paixão que não se continha, e que contagiava naturalmente. Cada palavra era plena, pois se sentia a vida dentro dela. Ninguém ficava indiferente ouvindo padre Giussani. [...] Basta rever sua última entrevista, transmitida há alguns meses na Rai 1, por ocasião dos 50 anos de Comunhão e Libertação. O olhar nunca ausente, as palavras que de repente tomavam uma força que parecia impossível. Acredito que esse seja o carisma. Ouvir padre Giussani sempre foi ouvir a grandeza e a plenitude da vida. Algo que toca o coração e transforma no primeiro encontro. Não deixa você como era antes. Muda. Foi isso que me aconteceu muitos anos atrás, e aconteceu a milhares de outros que só em parte conheço. Um encontro que muda a vida, marca-a para sempre, com todos os limites que nós temos, com todos os erros que cometemos, mas que depois daquele encontro têm um horizonte e uma perspectiva. [...] Lamento por aqueles que não tiveram a sorte de conhecê-lo pessoalmente (e eu tive a oportunidade de encontrá-lo duas ou três vezes quando era jovem), mas aquele encontro é possível hoje para todos, pois padre Giussani continua nos rostos e nas palavras de Comunhão e Libertação.

(Franco Bechis, Jornal Il Tempo, 23 de fevereiro de 2005)

Aquela voz rouca que despertava os homens

Franco Bechis

Eu tinha 16 anos, e me desculpem se falo de mim. Mas tinha 16 anos quando ouvi padre Luigi Giussani falar pela primeira vez. Eu não era católico, não havia recebido uma educação cristã. Não estava acostumado a ouvir padres. Quando, por acaso, sei lá por que, era obrigado a ouvi-los, nem escutava o que diziam. Mas não ouvir padre Giussani era impossível. Aquela voz rouca que falava devagar no início e depois explodia de repente. As mãos que gesticulavam e ilustravam no ar o significado das palavras. A paixão que não se continha, e que contagiava naturalmente. Cada palavra era plena, pois se sentia a vida dentro dela. Ninguém ficava indiferente ouvindo padre Giussani. [...] Basta rever sua última entrevista, transmitida há alguns meses na Rai 1, por ocasião dos 50 anos de Comunhão e Libertação. O olhar nunca ausente, as palavras que de repente tomavam uma força que parecia impossível. Acredito que esse seja o carisma. Ouvir padre Giussani sempre foi ouvir a grandeza e a plenitude da vida. Algo que toca o coração e transforma no primeiro encontro. Não deixa você como era antes. Muda. Foi isso que me aconteceu muitos anos atrás, e aconteceu a milhares de outros que só em parte conheço. Um encontro que muda a vida, marca-a para sempre, com todos os limites que nós temos, com todos os erros que cometemos, mas que depois daquele encontro têm um horizonte e uma perspectiva. [...] Lamento por aqueles que não tiveram a sorte de conhecê-lo pessoalmente (e eu tive a oportunidade de encontrá-lo duas ou três vezes quando era jovem), mas aquele encontro é possível hoje para todos, pois padre Giussani continua nos rostos e nas palavras de Comunhão e Libertação.

(Franco Bechis, Jornal Il Tempo, 23 de fevereiro de 2005)